quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

apenas para você




Para mim que rezo pouco, escrever é uma espécie de oração.
E hoje eu preciso rezar.


De todas as coisas que tenho ouvido nos últimos meses, a melhor é: não devemos fazer nada apenas para agradar as outras pessoas.


A gente vai aprendendo isso com o tempo. É um treino.
Vivemos pensando o que outros vão achar disso ou daquilo e a verdade é que isso pouco importa. Somos sozinhos ao tomarmos decisões e precisamos saber que ninguém, no fundo, se importa tanto. Estamos com amigos e conhecidos ao redor. 
Mas ali, em sua profundidade, você é apenas o seu particular.


Fim de ano é o momento mais íntimo que existe. E não acredito que devemos apenas acompanhar nossa rotina como se fosse uma história em quadrinhos e ir tocando as coisas até que se resolvam, ou entrem no eixo sozinhas. 

Nada vai acontecer a não ser que você deixe-se ir. E, com toda a sinceridade, encaminhe o que quer viver daqui para frente.

É que essa é a fase em que a alma se abre, em que ela pede um pouco de concentração para que a vida não seja apenas levada, e sim conduzida e reiniciada com toda a dedicação. Não quero que resolvam ou que escolham por mim. Desejo apenas ter, o tempo todo, a sabedoria e coragem de decidir o que eu quero fazer e o que eu espero para cada um dos meus dias.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

e quem entende



Do amor, quem é que entende.
Uma amiga diz que tem preguiça. E por ter preguiça ela prefere os ex-amores. Porque eles já conhecem os caminhos, os sentidos e a hora certa de chegar. Um ex-amor já gosta de você. Não precisa se esforçar. E nem dizer onde você se formou. Qual é a sua cidade natal. Que gosta de cozinhar. Que é culta. Frequenta os bares da Augusta. Lê Leminski. Já conheceu Londres. Roma. Florença. Começou ioga na semana passada. Arrisca um francês. Está até tirando foto. Quem sabe vai montar uma exposição. Não. Não precisa. Ele gosta de você. E só por ser você ele já gosta. Por estar ali, na frente dele. E mesmo sabendo que, às vezes, você é uma chata.

De ex-amor, quem é que entende.
Que não é mais amor e nem amizade. Que não faz parte da sua rotina, que não se recorda muito bem quem você é. Mas que aparece e sabe que você sim, vai se lembrar. Que agora são dois estranhos, apenas com saudade – do que não precisa de esforço e está pronto. Vocês já foram conquistados. Um pelo outro. Mas é a vida que segue. Está todo mundo dizendo isso agora. É ela que leva. Vocês dois. Para caminhos completamente diferentes.

E quem é que entende disso tudo.
Fique sóbria. Sóbrio. Respire fundo e arrume apenas 1 amor a vida toda para que os anteriores não cocem a sua cabeça. Não te despenteiem dessa forma. Veja o que eles tem te causado. Freie. Tire o pé desse pedal, a escolha é sua.

Mas quem é que sabe.
Sem os ex-amores você não tem lembranças, histórias, caminha apenas pelo marasmo. E pela dor de não vivido nenhum deles. Pela falta da saudade, apatia. Pela ausência de lembrar de uma voz ou de uma risada confortável, que seja. É uma vida sem. Amores. Fortes como combustíveis, que vêm, vão embora, e sempre permanecem.



voltando com mais uma delícia do Às Claras

e a foto é daqui.

terça-feira, 16 de julho de 2013

sobre expectativas


Aquele momento em que alguém te define melhor do que você

"Em algumas circunstâncias, eu disse pra mim mesma, toda feliz: "é desta vez". Disse para, logo em seguida, meio sem graça, precisar desdizer. Não era. Não, ainda - essa palavra que faz toda a diferença para efeitos de esperança. Era de mentirinha. Rebate falso, propaganda enganosa, miragem no deserto, esses embaraços que existem aqui e ali na vida, e costumam ser do tamanho da nossa expectativa. Superáveis, quase todos, mas chatos, muito chatos.

Paciência, é também esse exercício que renovo todo dia: o de aguardar que uma hora dessas seja a vez de verdade"

sábado, 6 de julho de 2013

esperançar



É engraçado como a gente espera que a esperança nos espere.
Numa esquina qualquer, pra servir de leito -
e como a gente espera: abraça as pernas na frente do espelho e espera que ele nos mude, que a gente mude, que o mundo mude e vire-se pro nosso espelho.
Tolice.
Na verdade, ela é apenas uma bengala.
Não para esperar, mas para ser esperada.

A gente espera que a pedra no meio do caminho seja inquebrável, gigante, do tamanho do nosso medo de passar por ela. Ela não passa, na verdade, de um monte de areia, óras, que é só soprar - não com força demais para voar pro caminho ao lado, nem com força de menos para que ela fique no seu, mas com força suficiente para que ela fique menor, menor e menor. Olha só, virou um grão. Um monte deles.Viu? É simples, é só ter a esperança certa.

"Como assim 'certa'?"

É. Porque tem esperanças e esperanças.

Uma é do verbo esperar, e esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar, sim, é fortaleza. É se levantar, é ir atrás, é se quebrar, se juntar, e continuar. Esperançar é levar adiante os restos, os grãos de areia e montar tudo num só.

o trecho da foto é do livro Não se desespere, do Mário Sérgio Cortella. E, claro, tem muitas outras belezas no Grifei num Livro.

domingo, 23 de junho de 2013

que quer dizer cativar?



De coração, não sei se conquistei alguma alma com o que eu escrevo por aqui. A cada comentário que eu vejo me sinto uma criança no natal, de tão boba. É tão lindo isso, alguém dividir contigo o que pensa, o que sente, de uma maneira tão natural. Fico realmente emocionada. Mas, não sei se consegui cativar. É, cativar. A gente se torna responsável por aquilo que cativa, como diria um menininho que viajava pelo espaço bem ali, no meio dos meus dedos.

Cativar é criar laços, sejam eles reais ou virtuais, com pessoas ou com raposas, com as flores ou com o ar. É saber que você saiu do anonimato pra alguém, um alguém que espera pela presença ou, até mesmo, pela palavra - que já basta. Palavras essas que eu ando em falta por aqui, admito. Mas é que, sabe, eu, no momento, tô no mundo das exatas e das humanas, estudando pra burro pra conseguir honrar essa minha vontade de ser médica.

Eu tô cultivando a minha rosa. Ela ta crescendo, com bastante água e cuidados. Os espinhos nasceram primeiro que as pétalas, que se mostram, tímidas, mas mais vermelhinhas. Daqui um tempo, quando tiver mais rosas que espinhos, as pétalas vão começar a cair por aí, entre um corredor e outro, colorindo mais canteiros e atraindo mais raposas.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

pra quem tem fome de amor




Pode parecer besteira, mas o coração é mais parecido com o estômago do que a gente pensa. Quando está vazio ele dói, dá náuseas e a gente adoece. Né? Sabe aquela história que vovó diz quando a gente não se alimenta direito, de que saco vazio não para me pé? Pronto. Não tem quem pare em pé com o coração vazio. Dá uma fraqueza, falta alguma coisa, sabe? Pronto.

Claro que, assim como o estômago, a gente precisa ter cuidado com o que coloca pra dentro. Não adianta ser qualquer coisa porque aí dá revertério e aí já viu. A gente passa mal, sente dor e quer colocar tudo pra fora. E quando consegue colocar pra fora sente um alívio, né? Mas aí vem de novo aquele vazio, aquela fome e a falta de alguma coisa pra dar sustância. A gente precisa alimentar bem o nosso coração.

Precisamos nos manter nutridos para a guerra do dia a dia. Porque é com o coração cheio que a gente vai conseguir passar pela correria, pelo estresse, pela tristeza, pela saudade. É com o coração cheio que a gente aguenta dor, aguenta o silêncio, aguenta as palavras. Porque só com o coração cheio é que a gente aguenta a vida inteira.

E o que alimenta o coração? Doses diárias de amor. Aquelas palavras, pequenos gestos, uma surpresa, um carinho, a presença, a lembrança. O coração é como o estômago de um passarinho, se alimenta em doses pequenas e constantes, pra não ficar vazio nunca. Não é o estômago, mas o coração que é capaz de nutrir todo o nosso corpo e nos dar energia pra acordar e encarar o dia. É ou não é?

Então se você anda meio fraco, meio triste, meio vazio, é bom olhar pra dentro. Quem sabe não é o seu coração que anda com fome?

ah, vamos combinar, só por achar esse texto uma lindeza, eu não tenho um coração tão de gelo assim, né?! fiz algumas adaptações pra ficar mais enquadrado com essa que vos escreve *hehe* quem sabe um dia eu consiga escrever algo assim :) mas esse tem dono, e é todo do IdeiasDeFimDeSemana

domingo, 12 de maio de 2013

365 dias pras mães



"Mãe é um ser humano maravilhoso", como diz, sabiamente, meu professor de física.

E é verdade. Não sei como, mas essas três letras mudam o sentido de tudo. Ou melhor, dão sentido a tudo.

Quando eu ainda não sabia escrever, e só sabia desenhar, eu pedia pra minha mãe sentar do meu lado e escrever minhas histórias em cada um dos meus rabiscos. Ela sorria pra mim quando eu falava errado, encenava comigo minhas histórias e, depois que eu dormia, botava no cantinho da folha o dia e a idade que eu tinha quando inventei tudo aquilo pra depois guardar.

Hoje eu sei escrever. Desaprendi a desenhar. Mas minhas histórias estão lá, todas guardadas em uma caixinha dentro do guarda roupa dela. Todas elas. Sempre que ela lê o que eu escrevo hoje, lembra do ontem, e me pede  pra guardar tudo, assim como ela sempre fez. 

Em cada casa tem uma mulher, que é a mais maravilhosa do mundo de cada um. A minha não é diferente. Ela é, realmente, a pessoa mais incrível desse meu mundo. E, ouso dizer, de muitos outros. Eu sou muito orgulhosa de ter em casa uma ótima terapeuta, enfermeira, professora, motorista, consultora de moda, amiga, e que ainda arranja tempo pra cuidar dos outros. Uma mãe coruja que transformou a primogênita numa filha ainda mais coruja, que enxerga nela tudo o que quer ser um dia. 

Aquela história de ser firme sem perder a ternura começou com ela, o resto é plágio. De estar sempre ali, independente se é dia se é noite, se você tá perto ou longe, é tudo coisa dela. De sempre ter razão, é mentira: ela, unicamente, é a razão.

Mesmo agora que eu moro a alguns quilômetros de distância, eu ainda sinto toda essa presença - essa coisa de mãe: que liga às 7h30 da manhã pra saber se você chegou bem, se dormiu bem, se está bem. Aliás, mãe liga pra dizer coisa nenhuma. Cinco vezes por dia. Só pra falar.

Que te vê final de semana em casa e sorri pro vento, pra ele contar a todos os cantos do mundo que ela está de novo com todos os filhotes embaixo da asa. 

Que te vê sem meias e manda já achar uma, pra não pegar frio. Que acorda contigo de manhã cedinho pra garantir que vai tomar um bom café da manhã. Que conta várias vezes a mesma coisa, não porque ela esqueceu ou está ficando velha, é pra você entender direito a mensagem.

Eu tô escrevendo isso com os olhos embaçados de lágrimas, de encontrar todas as lembranças que eu tenho da  minha mãe, e de como eu gostaria de contar todas, pra mostrar que não é exagero isso tudo. Que não é exagero fazer com que todo dia seja dia delas. Que não é exagero todos os filhos do mundo amarem suas mães todos os dias, dizerem isso a elas, beijarem elas todos os dias, ligarem pra elas todos os dias, mesmo que seja pra dizer nada, pra ouvir a voz, ou só agradecer... agradecer por tudo que, pra elas, sempre foi tão simples.


sábado, 27 de abril de 2013

o que a gente precisa é abrir os olhos



Às vezes a gente precisa parar e olhar mais para nós mesmos. Só assim nos conhecemos. A solidão é boa pra isso, para o autoconhecimento. Às vezes a gente embarca numa de só olhar para o outro. Conhecemos a outra parte como ninguém. Mas às vezes esquecemos de nós mesmos. Às vezes passamos um tempo com o olhar meio perdido. Às vezes olhamos pro lado errado. Às vezes não queremos enxergar.

E, quando fechamos os olhos para pensar, percebemos que o que vale é olhar sempre em frente. Nem precisamos saber para onde olhamos, só que é para frente. Adiante. E adentro.

Porque olhar só para o outro é estar cego de si. Porque olhar só pra si é estar cego do caminho. Por isso, vamos abrir os olhos, mirar em frente, e sermos felizes. Que é o que importa nessa vida. 

sábado, 20 de abril de 2013

coisa de criança adulta, ou adulto criança

Eu sou criança. E vou crescer assim.

Me entristece sentir que muito dela já ficou por entre algumas curvas, alguns barrancos e sorrisos amarelos. Mas eu gosto do sabor do sorriso bobo. O simples me faz rir, o desconhecido me intriga. Só eu me pergunto quem foi que disse que verde é verde e não vermelho? Quem disse que faca é faca e não pode ser garfo? E por aí segue.. Sonhos eu tenho, muitos, medos, poucos. Tenho medo do despertador da amiga que mora comigo, de maionese vencida, tenho medo das pessoas. Tenho medo dos meus pensamentos, por isso ponho eles dormirem em baixo da cama, de vez em quando, pra descansar a alma e dormir sossegada. Mas uma coisa eu digo: eu não paro. Sempre me pergunto se vai demorar muito, se tem vírgula ou não, se posso levar pra casa, se posso te levar pra mim. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber direito como. Mas vou. Aprendi não gostar de sentimentos mornos, atitudes que ficam meio pra lá, meio pra cá, amores que se jogam pelos ares. Todo dia de manhã, quando ligo a tv e a mente, eu fico surpresa de como eu me vejo diferente. Me sinto diferente. Como eu estou diferente. Mas essa coisa criança, meio debochada, bastante sincera, essa eu também sinto – mas ainda igual, ainda forte, ainda viva.

E, nessa coisa infantil,  hoje eu não tenho dúvidas que sei mais de filme infantil que muita criança por aí - e eu acho isso tão gostoso. Desenhos são um mimo - agradáveis, leve, fofos e sempre te trazem uma mensagem boa. Quem se diz adulto de mais pra saber brincar, saber achar graça na graça natural de uma coisa de criança, mal sabe que, na verdade, é adulto de menos.


É difícil fazer uma lista com os filmes que eu gosto mais.. não tá na ordem dos preferidos, mas tão aí alguns! :)

1. Irmão Urso


 2. Up - Altas Aventuras


 3- Como treinar seu dragão



4. Rei Leão



5. A Bela e a Fera


6. Enrolados


7. Toy Story


8. Ratatouille


9. Meu malvado favorito


10. Peter Pan






sexta-feira, 29 de março de 2013

primeiro aniversário



Terça-feira, dia 26, esse humilde bloguinho completou 1 ano :)

Calhou de ser no Dia do Chocolate, que é uma coisa que eu adoro! Eu não sei muito bem o que dizer no aniversário do blog, além de agradecer a todo mundo que tem paciência de ler o que eu escrevo, de comentar. Obrigada mesmo. Esse carinho me renova a cada vez que vejo algo novo. De coração.

É um ano falando de coisas da vida, do cotidiano, de sentimentos, da alegria e das coisas gostosas e bonitas que eu tenho prazer em compartilhar. Simplesmente porque eu acho que a gente pode colocar uma pitada de leveza e inspiração no nosso dia, sabe. E eu faço isso, assim, escrevendo – porque falar por meio das palavras enche os olhos e o coração da gente.

Porque eu acho que inspiração é que nem alegria, quando compartilhada se multiplica :)

Eu queria ter postado isso no dia mesmo, mas né, meu novo lar é meio do tempo das cavernas – sem internet! Mas, mesmo atrasado, eu queria agradecer por esse aniversário de atenção e carinho. E me desculpar até, porque esse não é um blog que tem tema nem nada, é simplesmente o meu cantinho de falar com o coração sobre o que vem na cabeça, sabe? Então nem sempre gostam ou concordam. Mas é 1 ano de uma terapia que tem me feito super bem, e que eu não quero largar mais.

Obrigada, de coração.

<3

sexta-feira, 22 de março de 2013

um pouco de leveza, por favor




A leveza é uma coisa tão difícil de descrever. Ao menos pra mim. Não é algo que a gente possa ver, pegar. Não é bem um sentimento. Não é algo que se deseje possuir. Mas é, sem dúvidas, uma coisa que a gente precisa ter na vida.

Colocar uma pitada de leveza no nosso dia faz com que a gente se sinta melhor. Seja parando um pouco pra respirar. Seja trocando uma palavra de carinho. Um beijo. Um abraço. Seja, simplesmente, olhando lá fora. Não existe uma fórmula para leveza. Pode estar na vista da sua janela, no seu café da manhã ou num momento de inspiração no meio da tarde.

É algo que a gente precisa quando sentimos aquele peso da vida, sabe? Aquele momento de estresse, aquele cansaço físico, aquela rotina, aquele sapato apertado. A gente sabe que está precisando de um momento de leveza quando até nos nossos pensamentos a gente consegue sentir o peso das coisas. E, as vezes, como pesa…

Se eu pudesse, eu encheria potes com doses diárias de leveza e distribuiria por aí. No trânsito, nas filas de banco, nas brigas de casais, nas salas de espera dos hospitais, nas reuniões de trabalho, nos telefonemas de cobrança, nos e-mails. Se eu pudesse, seria eu a própria leveza. Para visitar diariamente todos que carregam um peso maior do que podem aguentar. Se eu pudesse, tiraria a mão da frente dos olhos de todo mundo, porque as vezes a leveza está bem na nossa frente mas o peso do dia não nos deixa enxergar.

Às vezes, você fica mais leve só de parar para escrever. Só de parar para ler. Para ouvir. Para comer. Para ver. Para amar.

Quando você deixa o pensamento sair vagando por aí. E muitas vezes tem a grata surpresa de encontrar alguma coisa linda. Ou alguém. E preencher um espaço que, mesmo com todo peso do mundo, continuava vazio. Um espaço que só pode ser preenchido por ela, a leveza da vida.

P.S. Quando procurei por leveza no Google e apareceu esse elefante, logo de cara eu pensei "nossa, que contraditório!". Mas, olha bem, assim como eu olhei. Olha como ele parece estar flutuando, como ele parece estar leve! Se até o Sir Elefante pode transmitir isso, cá pra nós, todo mundo consegue! Um pouco de leveza, por favor :)

sábado, 2 de março de 2013

deixa ventar




O ano novo já me trouxe vida nova.

Já me trouxe roupa nova, casa nova, cara nova.

O ano novo já me trouxe saudade, diversão e sorrisos.

Já me trouxe medo e decepção.

O ano novo já me trouxe novos amigos, novos amores.

Já me trouxe novas ideias.

O ano novo já me trouxe dúvidas, certezas e decisões.

Já me trouxe de tudo.


E para este novo ano novo meu único desejo é que ele me traga.

Que trague fundo e me sopre ao vento como uma fumaça densa.

Porque existe muito mais caminhos na vida do que os nossos pés podem tocar.

E qualquer desejo de ano novo vai parecer pequeno para o que nós merecemos.

Então vamos deixar as janelas abertas e esperar ventar.

Feliz ano novo, de novo.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

uma dose diária de sorrisos













Sabe aquela quinta-feira depois de um feriadão de carnaval que você tem a impressão de que só você foi trabalhar (ou estudar), enquanto o mundo inteiro estava curtindo a praia? Ou quando a chuva bate de mansinho na janela mas o despertador fica te lembrando que precisa levantar? Pois é. É quase uma lei, não adianta: sempre tem aquele dia que não dá vontade de sair da cama. O dia parece mais cinza, o travesseiro mais fofo e a cama mais aconchegante. Não é?

Pensando nisso, achei o 365 sorrisos demais! Todas as manhãs um frase, uma palavra e uma imagem linda pra começar o dia com o pé direito e com um sorriso no rosto. E é com isso que eu começo a semana, inspirando um pouco a gente a sorrir. Porque essas imagens dizem pouco em palavra, mas muito em verdade. Afinal, um sorriso sempre pode tirar aquela cara de segunda feira :)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

um pouquinho de amor no Valentine's Day



Eu realmente tenho um block pra escrever em datas como o Valentine's Day. Na verdade, a gente fala sobre o amor todos os dias, sente ele todos os dias, presencia ele todos os dias. Ainda tem tempo pra comemorarmos isso por aqui, mas, considerando que é sempre perto demais do meu aniversário e das minhas provas pra eu ter um tempinho de escrever aqui, não vejo problema em homenagear isso hoje.


Há quem diga que é mais uma data comercial, e que todo dia é dia de amor, e que presente é pra dar em qualquer data e blá blá blá. Mas acho que essas datas são boas porque fazem a gente pensar um pouco mais sobre as pessoas. Seja o dia das mães, dos pais, dos avós, dos amigos ou dos namorados. A verdade é que o discurso de que todo dia é dia a gente só lembra no dia de comemorar os dias. Deu pra entender?

Então, pensando cá com meu coração, pra não dizer com meus botões, não me vem nada na cabeça pra falar sobre o amor. De verdade - faz mais de uma hora que eu tô aqui e nada. Só de como as pessoas são sortudas por poderem amar. Por saberem amar. Quem consegue amar é uma pessoa de sorte, sabe. Ao menos, eu acho. Quem consegue encher o coração de vontade, saudade, carinho, atenção, cuidado, desejo, sinceridade e tudo mais. É um privilégio conseguir sentir tudo isso, ao mesmo tempo.

Num mundo onde todo mundo corre, trabalha, corre, estuda, corre, reclama, corre, adoece, corre, briga e corre, você ter dentro de você o conforto de um amor quentinho no meio do peito é uma sorte e tanto. É você ter prazer na gentileza, na sutileza, no carinho. É sentir saudade quando se está longe e vontade de não sair de junto quando se está perto. É pensar em como arrancar um sorriso, em como fazer feliz, em como agradecer.

Ah, e como as pessoas são mais felizes quando amam. Seja o trabalho, a mãe, a plantinha ou o cachorro. Pensar no amor faz as pessoas felizes, né? E na vida a gente tem a chance de amar muitas pessoas, e nos cabe a força e a coragem de continuar amando sempre. Não importa o quanto doeu amar, deixar de amar ou deixar de ser amado. O que importa é abrir o coração para que o amor se sinta em casa. Quem não fecha as portas deixa a brisa bater e confortar a alma. Quem se permite amar é mais feliz.

Particularmente, não gosto da restrição do amor a dois. Acho uma maldade por num quadradinho um sentimento tão grande, tão do mundo e tão seu. Mas, particularmente hoje, é desse amor que eu gostaria de falar: desse amor confortável e quentinho. Para os que amam, um feliz Valentine’s Day <3

a música é My Valentine, do Sir Paul McCartney. Além de ser linda, e ter o lindo do Johnny Depp, achei que combinou por demais!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

um ca(fofo) em Paris













Junto com ter uma biblioteca gigante em casa e um husky siberiano, conhecer Paris tá no topo da minha lista de "sonhos de consumo". Quando eu era pequena, pegava as revistas da casa da minha avó pra ver se achava alguma foto de lá, especialmente da Torre Eiffel. Não sei, mas me parece tudo tão charmoso - perfeito pra se enrolar num cobertor, com uma caneca de cappuccino quentinho e um bom livro nas mãos.

E, quando eu vi esse apartamento parisiense, só consegui pensar: que cafofinho charmoso!

O apartamento é pequeninho, dá pra ver como as coisas são meio amontoadas, apertadinhas e charmosamente bagunçadas. Particularmente, pra mim, bagunça tem que ser assim: no ponto. Não dá pra ter aquele monte de coisa revirada, mas tudo sempre retinho sufoca. Eu gostei assim – vejo as tantas coisas acumuladas e penso nas histórias e lembranças que cada uma carrega.

Adorei a forma simpática, misturada e despretenciosa que essa casa foi decorada. Space Invaders numa cozinha meio rústica, meio retrô. Uma cama apertadinha entre um armário e uma estante, mas rodeada de pequenas luzes e lindas composições de texturas e iluminação. Até o teto é lindo, com essas talas de madeira, tudo parece encantador.

E esse cantinho roxo com as bolas de papel coloridas? É tão lindo. O espelho com moldura rococó se destaca entre os móveis escondidos com a mesma cor da parede. Atenção para o ventilador azul, por favor.

Enfim, achei esse cantinho super inspirador pra começar a semana. É o tipo de coisa que você fica olhando, e olhando e a cada vez você descobre uma coisa nova e bonita pra admirar. E há quem diga que está bagunçado, que pra limpar vai dar o maior trabalho e com um gato então (que acho um bichinho lindo, mas não pra minha casa), a sujeira vai comer solta. Mas, independente disso tudo, achei lindo, acolhedor e sim, eu viveria num cafofinho charmoso desse. :)



domingo, 3 de fevereiro de 2013

sobre ir contra, ou além, do esperado



Quando a gente passa por um momento de mudança na nossa vida, ele vira também um momento de reflexão e balanço, né? E se tudo isso for na virada do ano então, aí é que a gente começa a pensar, filosofar, colocar coisas na balança. Às vezes esses pensamentos não duram nem até o carnaval, quanto mais virarem de fato resoluções para a nossa vida. Mas refletir sempre vale a pena.

Matando tempo no Facebook, eu vi o Idea Fixa compartilhando uma foto e dizendo que essa seria a coisa mais linda que eu veria durante o dia e, ao clicar, eu tive que concordar. Era essa sequência de fotos que eu curti e agora faço questão de compartilhar. 


















Olhando assim parece um lindo ensaio de uma garotinha européia com bichos selvagens treinados ou algo assim, né. Mas na verdade essa menina linda é a Tippi Degré, filha de um casal de fotógrafos franceses. Ela nasceu e cresceu na África, e não era uma turista de passagem. Os pais dela escolheram essa infância pra ela. Na natureza, com os animais, entre as coisas selvagens, cruas e verdadeiras. Na cultura local de onde ela nasceu.

Sim, essas fotos não são só bonitas. São verdadeiras, intensas e, porque não, intrigantes. Eu não estou aqui para dizer o que é certo ou errado. Mas pra pensar que, poxa, tem gente que faz diferente e isso pode ser lindo. Sinceramente, eu me emocionei com as fotos e sim, tive uma pitada de inveja dessa menininha. É engraçado, porque a gente já tem todo o sistema certinho na cabeça, mas tem tanta gente que vive fora dele.

E foi quando eu parei pra pensar e refletir sobre isso. A gente quer tanta coisa mas termina acomodado fazendo o “certo” que é estudar, se formar, trabalhar, ganhar dinheiro, casar, ter filhos. Muitas vezes somos felizes assim. Fazemos o que gostamos, convivemos com pessoas que gostamos. Mas talvez seja uma acomodação que nós gostamos. Se a gente parar pra pensar, acho que sempre queremos viajar mais, fotografar mais, comer mais, andar mais, se exercitar mais, cantar mais, sair mais, dançar mais. Sempre tem alguma coisa a mais que a gente gostaria de fazer e termina passando batido na nossa rotina de acordar, trabalhar, trabalhar, trabalhar, dormir. E a gente se conforma com pequenas fatias de prazer que cabem num happy hour, num sábado ou numa viagem de férias de uns dez dias para um ano inteiro de trabalho.

E toda essa reflexão casou muito bem com um vídeo que questiona “e se o dinheiro não existisse”. E vai muito pelo lado de fazer mais o que se gosta e o que dá prazer.





Juntando essas duas reflexões, eu pensei que, às vezes, pra fazer o que realmente gostamos e queremos, a gente precisa sair um pouco desse sistema que estamos acostumados. Que herdamos de pai e mãe, e do vizinho, e das pessoas ao nosso redor. Porque tem gente indo contra e fazendo além. E sendo muito feliz.

Eu sei que eu vou terminar de escrever esse texto e voltar para a minha rotina diária. Mas com um pequeno espinho na minha cadeira que vai ficar me incomodando e me fazendo pensar “o que eu poderia fazer para ir além e ser mais feliz?”. E eu espero que essa reflexão ajude vocês a buscar a felicidade e, quem sabe, perder o medo de fazer diferente.

Bom início de semana, minha gente :)

e, mais uma vez, um arraso do Ideias de fim de semana!