segunda-feira, 16 de julho de 2012

lembranças




Em 24h tantas coisas acontecem conosco, que às vezes lembrar o que comemos no café da manhã se torna um desafio. Imagine, então, chegar ao final de um ano, dois ou até três e tentar recordar o que te aconteceu nesse tempo, do que você foi e o que mudou. Particularmente, eu faço muito disso. Na minha memória tenho tudo guardado, mas fora dela uma caixinha me ajuda a mantê-la viva. Na verdade duas, porque uma já está transbordando.

Confesso que fazia algum tempo que eu não abria minha caixa de lembranças, camuflada como caixa de sapatos. Esse final de semana por acaso a encontrei dentro da gaveta de sempre. Adoro rever minhas bugingas, que, pra mim, são pedaços de pessoas e de momentos; pedaços de mim, dividos com o tempo. Muito mais do que rir das coisas que eu escrevia quando tinha dez ou onze anos, é bom ter um fragmento daqueles que passaram por mim, mesmo que não saibam que o deixaram comigo.

São lembranças de pessoas que entraram na minha vida há pouco tempo e de outras que já estão há uma vida comigo. De gente que uso o " pra sempre" sem medo da sua finitude e de outros que o "até logo" é mais distante do que parece. Desenhos que um dia vou mostrar pras minhas pequenas o que elas faziam pra mim, e tenho certeza que vou ter vontade de rir e de chorar quando isso acontecer.

São "bobagens", realmente. Mas, afinal, o que seria de nós sem as doses diárias de idiotice? Das risadas com as amigas, dos sonhos, da alegria que sentimos com as pequenas coisas; tudo isso contribuiu para o que somos. Nossos dias são feitos de pequenos desejos, brandas saudades e sorrisos sinceros que cada um deles nos traz. É como diz Martha Medeiros: bom mesmo é ser feliz por nada! Esse "nada", fica a critério de cada um. O meu, se resume muito a isso.


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