Nada como um bom banho de chuva. Hoje no final da tarde fui
pega de surpresa por uma chuva mansa. Eu estava desprevenida e, ao caírem os
primeiros pingos, a vontade de procurar um lugar para servir de abrigo foi
imediata. Olhei pro céu e ele ainda estava claro, como se convidasse a
aproveitar a participação da ilustre convidada que, por um instante, roubou a
cena do astro mor. Resolvi relaxar e aproveitar. Deixei que a chuva me levasse
e me lavasse. É como se todos estivessem contra ela, e eu indo a seu favor. Obriguei-me
a rir sozinha, e de mim mesma, caso eu pudesse me ver. Se permitir à algo
aparentemente estúpido, é permitir que a alma transpareça. É como se
acontecesse conosco o mesmo que acontece com o sol: assim que a chuva vai
embora, deixa-o mais vivo.
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