sábado, 21 de abril de 2012

o amor e seu tutu

"Um homem vivia feliz com sua esposa até descobrir que ela tinha câncer de mama. A partir daí a luta começou e também a sua vontade de fazê-la sorrir. A vida mostra-se tão frágil e bonita nessas horas, por que não realizar algo completamente inusitado? Foi aí que Bob resolveu fotografar-se em diversas partes do mundo usando um tutu, aquela saia rosa de bailarina. Simples. Fotografar-se para fazê-la rir. O projeto crescer e virou livro, site, camiseta. Com toda a repercussão e ajuda, ele resolveu divulgar suas fotos pelo mundo para arrecadar fundos para organizações de apoio ao câncer de mama.


 A primeira vez que eu vi as imagens, achei tudo estranho.
Na segunda vez, me apaixonei – é libertador, corajoso e bonito.
E o quê as fotos querem dizer? Algumas coisas não precisam fazer sentido, servem para sorrir e isso basta. Neste caso, as imagens de Bob conseguem mais. Elas mostram beleza, alegria e dor". Porém, uma dor escondida que, apesar de sempre presente, não é mais forte que o sorriso que as fotos causam!






mais fotos e informações: http://www.thetutuproject.com

segunda-feira, 16 de abril de 2012

entre lápis e borracha



Acabei de apagar uma página e meia de texto. Escrevi, li, reli, não gostei, apaguei. Simples e prático. Em menos de um minuto, cá estou eu com uma nova folha em branco esperando ser rabiscada.

A borracha é algo interessante, não? Graças à ela podemos escrever despreocupados, pois sabemos que, caso a letra saia feia ou a ideia não esteja suficientemente clara, é só passar a borracha que voilá! tudo certo. Agora, especialmente para quem já prestou vestibular, pense na tensão que se sente na hora de transcrever a versão definitiva. Você não pode errar, não pode se distrair. Não tem borracha, não tem corretivo. O que vai permanecer é o que a caneta riscou..

Trocar a caneta da vida real por um lápis e uma borracha seria mágico, contudo maçante. Seríamos perfeitos, sem nada para melhorar, pois sempre voltaríamos ao ponto exato em que erramos e escreveríamos tudo de novo, como se fosse a primeira vez.

Não podemos fazer isso? É, desta maneira acredito que não. A gente até tenta, mas memória não é lápis, e tempo não é borracha. Não podemos apagar sentimentos, momentos, muito menos pessoas. Contudo, podemos usar o erro como um espelho: ver o que não foi como deveria, para fazer diferente. Para não repetir;

Por isso não concordo com os que dizem “jamais se arrependa daquilo que um dia te fez sorrir”. Simplesmente não se arrependa! Já dizia sabiamente Fernando Pessoa: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

que não há tempo pra perder tempo


" Falar sobre a vida não pode ser mais interessante do que vivê-la.
Sabe quando pensamos que é cedo demais para falar? Para expor esse tanto de emoção, de festa, dor e amor que fica aqui dentro? Isso está errado. E não é cedo demais para eu comentar que está errado. 


 Porque é errado.

Esse sentimento de não expressarmos nossas vontades e intenções porque elas poderão ser feitas no futuro…..não façamos isso. os dias passam e nós já estamos vivendo. Está tudo valendo. O esquecer do guarda-chuva, o almoço, o lanche da noite, o banho, esse período que passamos em frente ao computador. Isso tudo não é uma preparação. O ônibus de hoje, era exatamente ele. O que você sentiu nesse momento também já estava fazendo parte da sua vida. Da minha.

Esse cuidado pelo precoce, pelo tomar os pés pelas mãos pode nos custar energia. Façamos reais esse monte de sensações agora, mesmo que estejamos um tanto quando incertos, medrosos e por vezes, solitários.

Pela felicidade e tristeza, vamos ser nós mesmos, por favor.

Às vezes eu tenho a sensação de que criamos todos um personagem, quase um ator, que não chora, não teme, não tem saudades – apenas para sermos pessoas irresistívelmente interessantes e seguras. Nós não somos nada disso. A vida nos quer sinceros, intuitivos, cheios de coragem para assumirmos que muitas vezes é isso que nos falta.


Mais vontades pelo dia de hoje, por elogios sinceros, por relações humanas que ultrapassem a nossa falta de tempo, de fé e sono.

Em um mundo em que todo mundo fala em amor, vamos colocá-lo na frente de tudo, logo de uma vez, e deixar de pensar que as coisas que desejamos acontecerão apenas lá na frente.


Tudo já está acontecendo.
  O que você quer e o que não, também.


Este texto na tela, você aí do outro lado lendo. Que tal? Quais sensações te aparecem? O que você tem vontade de fazer agora?

O mais bacana disso – depois de ler isso tudo  - é ter bem fresco na memória que a sua próxima ação poderá, se você quiser, ser realizada com a maior paixão que você jamais imaginou que poderia sentir.

Aproveite isso, antes que a gente se esqueça."

uma delícia do Às Claras
 


segunda-feira, 9 de abril de 2012

I

Minha sorte começando a se manifestar no ônibus: depois de cochilar antes de a cobradora cobrar a passagem, na hora de descer minha pulseira resolver arrebentar. No meio tempo em que fui juntar o pingente, o motorista fechou a porta do ônibus e começou a andar. Levantar correndo, quase gritando pra parar é, realmente, a minha cara. Não que seja algo realmente interessante, mas eu sempre acho graça dessas pequenas trapalhadas.

sábado, 7 de abril de 2012

Éternellement un petit prince


Ontem, dia 06 de abril, 'O Pequeno Príncipe' completou 69 anos de sua primeira publicação. Um livro doce não apenas para crianças. Pode ser lido por uma criança em qualquer etapa de sua vida. 
É difícil escolher uma só frase do livro, por isso, abaixo, algumas das mais bonitas:

"Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"..
- Criar laços?
-Exatamente - disse a raposa. -Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo."

"Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.”

"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas."

"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas,  
isso basta para que seja feliz quando a contempla"

“É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos  porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu  certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço."

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Banho de chuva



Nada como um bom banho de chuva. Hoje no final da tarde fui pega de surpresa por uma chuva mansa. Eu estava desprevenida e, ao caírem os primeiros pingos, a vontade de procurar um lugar para servir de abrigo foi imediata. Olhei pro céu e ele ainda estava claro, como se convidasse a aproveitar a participação da ilustre convidada que, por um instante, roubou a cena do astro mor. Resolvi relaxar e aproveitar. Deixei que a chuva me levasse e me lavasse. É como se todos estivessem contra ela, e eu indo a seu favor. Obriguei-me a rir sozinha, e de mim mesma, caso eu pudesse me ver. Se permitir à algo aparentemente estúpido, é permitir que a alma transpareça. É como se acontecesse conosco o mesmo que acontece com o sol: assim que a chuva vai embora, deixa-o mais vivo.

Da janela

"O sol nasce para todos, só não sabe quem não quer"
Renato Russo

domingo, 1 de abril de 2012

La premier avril


“Mentiras sinceras me interessam”
                                             Cazuza

O que seria isso aplicado na prática? Acredito que esse paradoxo se refere a quando sabemos que estamos mentindo, mas o fazemos com tanta naturalidade que não tem como o outro não acreditar. Minto. É mais que isso. É quando nós mesmos acreditamos no que falamos.

"Segunda-feira, sem falta eu começo meu regime” - “Vou procurar uma academia e começar a malhar” - (No celular) “Já estou bem pertinho. Já, já, estou chegando” “Eu posso explicar”-“Vou fazer o possível para ir” - (Atendendo um telefonema) “Não está. Quem queria falar?”

Se identificou? Pois é. Todas as pessoas já mentiram, nem que seja inconscientemente, até mesmo indo contra a ideia convencionada de que mentir é feio. Apropósito, o responsável por este julgamento não foi muito feliz na formulação da sua frase. Mentir não é necessariamente feio. Feio é dizer a uma criança que o peixinho que ela tanto amava morreu, ao seu amigo que aquela festa que ele não pode ir estava ótima e em várias outras situações que não vou me lembrar agora. A feiúra da mentira está na maldade que a gera. Mentir faz parte do ser humano. É intrínseco da espécie. Não é a toa que existe um dia dedicado a ela! A diferença está na aplicação. Uma "mentirinha" do bem, de vez em quando, não vai fazer mal.

Feliz dia da mentira!