terça-feira, 21 de janeiro de 2014

coisas que ninguém conta

Todo mundo adora dar conselhos. Leva o guarda-chuva, que vai cair um temporal. Pare de tomar cerveja, que amanhã você vai ter ressaca. Vista uma saia mais longa, que isso não é roupa para tomar ônibus. Termine com o seu namorado, que você merece coisa melhor. E por aí vai.

Acontece que alguns desses conselhos não nos servem para muita coisa – a não ser para evitar chateações pontuais. A vida requer muitos outros conselhos – e esses, ninguém nos dá.

No meio de tantos conselhos, o ilustrador espanhol Alex Noriega criou a série “Stuff no one told me” (ou “coisas que ninguém me disse”, em português), que traz ilustrações com conselhos para a vida que ninguém nunca nos contou.

Bonito, simples e inspirador. Como a vida deve ser.

1. As pessoas que tentam parecer duronas geralmente são as que mais precisam de afeto.


2. Cerque-se de coisas e pessoas que o inspirem.

 3Analisar demais o levará a conclusões erradas. (- Eu te amo. – Que merda você aprontou dessa vez?)

 4.  Seja sempre você, a menos que você seja um idiota arrogante.


4. Diversão é um conceito relativo.



5. Não há problema nenhum em ter grandes esperanças e expectativas, desde que elas sejam lógicas (Eu quero ser o próximo Michael Jackson!)
  

 6. Boa imaginação é um sinal de muita inteligência.


7. Não se leve tão a sério.


8. Coisas são somente coisas. Não se apegue a elas.


9. Dedique um tempinho à preguiça. É bom pra você.



 10. Encontre alguém com quem você possa rir sobre tudo, e todo o resto ficará bem.



11. Seu salário não determina o quão boa pessoa você é.


12Você não é tão estranho quanto você pensa que é… Todo mundo se sente um pouquinho diferente dos outros.






Esse veio direto do Casal sem Vergonha

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

apenas para você




Para mim que rezo pouco, escrever é uma espécie de oração.
E hoje eu preciso rezar.


De todas as coisas que tenho ouvido nos últimos meses, a melhor é: não devemos fazer nada apenas para agradar as outras pessoas.


A gente vai aprendendo isso com o tempo. É um treino.
Vivemos pensando o que outros vão achar disso ou daquilo e a verdade é que isso pouco importa. Somos sozinhos ao tomarmos decisões e precisamos saber que ninguém, no fundo, se importa tanto. Estamos com amigos e conhecidos ao redor. 
Mas ali, em sua profundidade, você é apenas o seu particular.


Fim de ano é o momento mais íntimo que existe. E não acredito que devemos apenas acompanhar nossa rotina como se fosse uma história em quadrinhos e ir tocando as coisas até que se resolvam, ou entrem no eixo sozinhas. 

Nada vai acontecer a não ser que você deixe-se ir. E, com toda a sinceridade, encaminhe o que quer viver daqui para frente.

É que essa é a fase em que a alma se abre, em que ela pede um pouco de concentração para que a vida não seja apenas levada, e sim conduzida e reiniciada com toda a dedicação. Não quero que resolvam ou que escolham por mim. Desejo apenas ter, o tempo todo, a sabedoria e coragem de decidir o que eu quero fazer e o que eu espero para cada um dos meus dias.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

e quem entende



Do amor, quem é que entende.
Uma amiga diz que tem preguiça. E por ter preguiça ela prefere os ex-amores. Porque eles já conhecem os caminhos, os sentidos e a hora certa de chegar. Um ex-amor já gosta de você. Não precisa se esforçar. E nem dizer onde você se formou. Qual é a sua cidade natal. Que gosta de cozinhar. Que é culta. Frequenta os bares da Augusta. Lê Leminski. Já conheceu Londres. Roma. Florença. Começou ioga na semana passada. Arrisca um francês. Está até tirando foto. Quem sabe vai montar uma exposição. Não. Não precisa. Ele gosta de você. E só por ser você ele já gosta. Por estar ali, na frente dele. E mesmo sabendo que, às vezes, você é uma chata.

De ex-amor, quem é que entende.
Que não é mais amor e nem amizade. Que não faz parte da sua rotina, que não se recorda muito bem quem você é. Mas que aparece e sabe que você sim, vai se lembrar. Que agora são dois estranhos, apenas com saudade – do que não precisa de esforço e está pronto. Vocês já foram conquistados. Um pelo outro. Mas é a vida que segue. Está todo mundo dizendo isso agora. É ela que leva. Vocês dois. Para caminhos completamente diferentes.

E quem é que entende disso tudo.
Fique sóbria. Sóbrio. Respire fundo e arrume apenas 1 amor a vida toda para que os anteriores não cocem a sua cabeça. Não te despenteiem dessa forma. Veja o que eles tem te causado. Freie. Tire o pé desse pedal, a escolha é sua.

Mas quem é que sabe.
Sem os ex-amores você não tem lembranças, histórias, caminha apenas pelo marasmo. E pela dor de não vivido nenhum deles. Pela falta da saudade, apatia. Pela ausência de lembrar de uma voz ou de uma risada confortável, que seja. É uma vida sem. Amores. Fortes como combustíveis, que vêm, vão embora, e sempre permanecem.



voltando com mais uma delícia do Às Claras

e a foto é daqui.

terça-feira, 16 de julho de 2013

sobre expectativas


Aquele momento em que alguém te define melhor do que você

"Em algumas circunstâncias, eu disse pra mim mesma, toda feliz: "é desta vez". Disse para, logo em seguida, meio sem graça, precisar desdizer. Não era. Não, ainda - essa palavra que faz toda a diferença para efeitos de esperança. Era de mentirinha. Rebate falso, propaganda enganosa, miragem no deserto, esses embaraços que existem aqui e ali na vida, e costumam ser do tamanho da nossa expectativa. Superáveis, quase todos, mas chatos, muito chatos.

Paciência, é também esse exercício que renovo todo dia: o de aguardar que uma hora dessas seja a vez de verdade"

sábado, 6 de julho de 2013

esperançar



É engraçado como a gente espera que a esperança nos espere.
Numa esquina qualquer, pra servir de leito -
e como a gente espera: abraça as pernas na frente do espelho e espera que ele nos mude, que a gente mude, que o mundo mude e vire-se pro nosso espelho.
Tolice.
Na verdade, ela é apenas uma bengala.
Não para esperar, mas para ser esperada.

A gente espera que a pedra no meio do caminho seja inquebrável, gigante, do tamanho do nosso medo de passar por ela. Ela não passa, na verdade, de um monte de areia, óras, que é só soprar - não com força demais para voar pro caminho ao lado, nem com força de menos para que ela fique no seu, mas com força suficiente para que ela fique menor, menor e menor. Olha só, virou um grão. Um monte deles.Viu? É simples, é só ter a esperança certa.

"Como assim 'certa'?"

É. Porque tem esperanças e esperanças.

Uma é do verbo esperar, e esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar, sim, é fortaleza. É se levantar, é ir atrás, é se quebrar, se juntar, e continuar. Esperançar é levar adiante os restos, os grãos de areia e montar tudo num só.

o trecho da foto é do livro Não se desespere, do Mário Sérgio Cortella. E, claro, tem muitas outras belezas no Grifei num Livro.

domingo, 23 de junho de 2013

que quer dizer cativar?



De coração, não sei se conquistei alguma alma com o que eu escrevo por aqui. A cada comentário que eu vejo me sinto uma criança no natal, de tão boba. É tão lindo isso, alguém dividir contigo o que pensa, o que sente, de uma maneira tão natural. Fico realmente emocionada. Mas, não sei se consegui cativar. É, cativar. A gente se torna responsável por aquilo que cativa, como diria um menininho que viajava pelo espaço bem ali, no meio dos meus dedos.

Cativar é criar laços, sejam eles reais ou virtuais, com pessoas ou com raposas, com as flores ou com o ar. É saber que você saiu do anonimato pra alguém, um alguém que espera pela presença ou, até mesmo, pela palavra - que já basta. Palavras essas que eu ando em falta por aqui, admito. Mas é que, sabe, eu, no momento, tô no mundo das exatas e das humanas, estudando pra burro pra conseguir honrar essa minha vontade de ser médica.

Eu tô cultivando a minha rosa. Ela ta crescendo, com bastante água e cuidados. Os espinhos nasceram primeiro que as pétalas, que se mostram, tímidas, mas mais vermelhinhas. Daqui um tempo, quando tiver mais rosas que espinhos, as pétalas vão começar a cair por aí, entre um corredor e outro, colorindo mais canteiros e atraindo mais raposas.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

pra quem tem fome de amor




Pode parecer besteira, mas o coração é mais parecido com o estômago do que a gente pensa. Quando está vazio ele dói, dá náuseas e a gente adoece. Né? Sabe aquela história que vovó diz quando a gente não se alimenta direito, de que saco vazio não para me pé? Pronto. Não tem quem pare em pé com o coração vazio. Dá uma fraqueza, falta alguma coisa, sabe? Pronto.

Claro que, assim como o estômago, a gente precisa ter cuidado com o que coloca pra dentro. Não adianta ser qualquer coisa porque aí dá revertério e aí já viu. A gente passa mal, sente dor e quer colocar tudo pra fora. E quando consegue colocar pra fora sente um alívio, né? Mas aí vem de novo aquele vazio, aquela fome e a falta de alguma coisa pra dar sustância. A gente precisa alimentar bem o nosso coração.

Precisamos nos manter nutridos para a guerra do dia a dia. Porque é com o coração cheio que a gente vai conseguir passar pela correria, pelo estresse, pela tristeza, pela saudade. É com o coração cheio que a gente aguenta dor, aguenta o silêncio, aguenta as palavras. Porque só com o coração cheio é que a gente aguenta a vida inteira.

E o que alimenta o coração? Doses diárias de amor. Aquelas palavras, pequenos gestos, uma surpresa, um carinho, a presença, a lembrança. O coração é como o estômago de um passarinho, se alimenta em doses pequenas e constantes, pra não ficar vazio nunca. Não é o estômago, mas o coração que é capaz de nutrir todo o nosso corpo e nos dar energia pra acordar e encarar o dia. É ou não é?

Então se você anda meio fraco, meio triste, meio vazio, é bom olhar pra dentro. Quem sabe não é o seu coração que anda com fome?

ah, vamos combinar, só por achar esse texto uma lindeza, eu não tenho um coração tão de gelo assim, né?! fiz algumas adaptações pra ficar mais enquadrado com essa que vos escreve *hehe* quem sabe um dia eu consiga escrever algo assim :) mas esse tem dono, e é todo do IdeiasDeFimDeSemana