sexta-feira, 5 de outubro de 2012

família de quatro patas



É sempre uma festa particular quando chego em casa.

Na maioria das vezes já anoiteceu, e por isso meu pai fica cuidando. Mas ele se engana ao pensar que eu estou sozinha. Uma bolinha felpuda cor de caramelo, menos gordinho do que eu gostaria e mais brincalhão do que eu esperava, está sempre me esperando ansioso no portão. Ansioso por receber um carinho; por poder brincar e correr, nem que seja até eu atravessar o pátio e chegar à porta de casa; mas, ansioso, principalmente, por desobedecer as regras e ser um intruso na sala de estar, rolar no tapete e subir no sofá. No canto esquerdo, em cima da almofada azul. Sempre do mesmo jeito. Não preciso xingá-lo e mandá-lo para fora. Ou melhor, não consigo. Basta uma gargalhada e uma olhar para ele saltar de onde está e ir em direção a porta, com o rabinho abanando.

Podia contar aqui de quando eu trouxe ele pra casa, com uma gravata borboleta laranja maior que ele e dos olhares das pessoas para aquele filhote escandalosamente fofo. Ou de quando ele brincava com a coelha que, mesmo sendo duas vezes maior, morria de medo. Ou então daquela vez que ele caiu no chafariz enrolado nas plantas. Mas, sabe, a alegria de todos os dias do meu exemplar amigo de quatro patas já basta.

Ser dona de um cachorro é sensacional. Lealdade, companheirismo, reciprocidade, tudo aquilo que se vê em Marley & Eu e se percebe ainda melhor na leitura. Ser dono de um gato também deve ser o máximo. Independência, astúcia, graciosidade. E por que não falar dos peixes, dos coelhos e das tartarugas? Os periquitos amarelinhos que eu via na casa da minha avó com toda a certeza também eram adoráveis, mesmo que os visse quadriculados.

Cada animal de estimação, antes de dormir, poderia pensar "eu sou demais!". Eles estariam cobertos de razão. Mas, cá para nós, demais mesmo é poder aconchegar um bichinho no colo e saber que ele faz o mesmo conosco.

esse vídeo super amado é da rede de farmácias Panvel em homenagem ao Dia dos Animais, comemorado ontem.

2 comentários:

  1. Clau, que amor esse texto!!
    Tens toda razão, o Bisnaguinha é demais! Sinto não poder mais pegá-lo no colo ( simm- morro de medo) mas quando o conheci bebezinho, adorava fazer carinho naquele pelinho macio e ele ficava bem quietinho!! Tenho fotos dele com o Alan, coisa mais amada!
    Aproveita bem esse fofinho aí viu??
    Beijoss com saudades da Rô!!

    ResponderExcluir
  2. Bisnaga de padaria!!!!!! Será que ele aguenta brincar com o Relógio? hehehe

    ResponderExcluir