Para mim que rezo pouco, escrever é uma espécie de oração.
E hoje eu preciso rezar.
De todas as coisas que tenho ouvido nos últimos meses, a melhor é: não devemos fazer nada apenas para agradar as outras pessoas.
A gente vai aprendendo isso com o tempo. É um treino.
Vivemos pensando o que outros vão achar disso ou daquilo e a
verdade é que isso pouco importa. Somos sozinhos ao tomarmos decisões e
precisamos saber que ninguém, no fundo, se importa tanto. Estamos com amigos e
conhecidos ao redor.
Mas ali, em sua profundidade, você é apenas o seu
particular.
Fim de ano é o momento mais íntimo que existe. E não
acredito que devemos apenas acompanhar nossa rotina como se fosse uma história
em quadrinhos e ir tocando as coisas até que se resolvam, ou entrem no eixo
sozinhas.
Nada vai acontecer a não ser que você deixe-se ir. E, com
toda a sinceridade, encaminhe o que quer viver daqui para frente.
É que essa é a fase em que a alma se abre, em
que ela pede um pouco de concentração para que a vida não seja apenas levada, e
sim conduzida e reiniciada com toda a dedicação. Não quero que resolvam ou que
escolham por mim. Desejo apenas ter, o tempo todo, a sabedoria e coragem de
decidir o que eu quero fazer e o que eu espero para cada um dos meus dias.